Will of chaos

Chapter 1966: Cap 1962: Um Propósito...



Chapter 1966: Cap 1962: Um Propósito…

Depois de conversar com tantas pessoas sobre a Alma no caixão e falar sobre os vários problemas que ainda temos que resolver, eu finalmente encerro meu dia ficando sentado na cama com uma garrafa de bebida de sangue divino nas mãos, uma garrafa com capacidade para conter um oceano.

“Esse foi um longo dia…” (eu)

Suspiro

Eu estava cansado, mental e fisicamente cansado, mas mais que tudo, eu estava emocionalmente exausto.

“Pai, por que se esforça tanto?” (Lilith)

“Crescer é ter responsabilidades, existem pessoas que contam comigo e promessas que devem ser cumpridas.” (eu)

“Qual o sentido de continuar? Guerra de longe é um dos melhores para cuidar deste universo, não sinto vontade de ir contra eles.” (Lilith)

“Seu Conceito é conflito, mas até onde entendo, eles não começam muitas guerras por conta própria e não são cruéis sem razão.” (eu)

“Exatamente, deixe tudo com eles, vamos atrás daqueles que realmente merecem nossa atenção.” (Lilith)

“Como quem…?” (eu)

“Como a mulher na prisão, aquela Ascendente fez coisas horríveis, deveríamos cortar sua carne com a sensibilidade aumentada 100 vezes, desgarrar seus órgãos e dá-los para ela comer, torturar sua mente com os mesmos experimentos que ela fez outros sofrerem…” (Lilith)

“Pode parar por aí, eu já entendi, então dessa vez foi crueldade…” (eu)

Eu olho para o lado da minha cama onde minha doce e maníaca filha estava com aquele sorriso sádico falando atrocidades que poderiam apavorar qualquer um que escutar, mas acontece que Lilith não me seguiu para deixar nosso universo, seria impossível ela estar aqui.

Essa era outra ilusão, eu temia exatamente isso, eu ainda estou alucinado, mas dessa vez foi diferente, não foi sobre aquela mulher, então o tipo de obsessão havia mudado, antes era algo geral afetando os alvos de maior obsessão de cada um, já agora foi diferente, era pura crueldade e simboliza isso com o indivíduo mais cruel que conheço.

“Quando que começou…?” (eu)

Eu deixo a falsa Lilith falar sem parar seus métodos de tortura, infelizmente ela realmente parece muito minha filha, alguém sádica e cruel com qualquer um que considere merecedor de tormento.

Comecei a pensar no dia e foi fácil ver os sinais, sussurros que escutei, voltou nos cantos do olho que ignorei, presenças fracas ao redor e várias outras coisas.

Eu sabia a razão disso, era um medo que eu tinha, mas não havia o que fazer a respeito, essa energia dentro de mim estava me atentando de dentro para fora, mas era muito mais fraco comparado ao que senti antes e mais sutil.

“(Espero que isso não dure muito…)” (eu)

———————-

Os próximos 2 dias foram intensos, não pude descansar verdadeiramente, durante o dia via ilusões e alucinações tanto visuais como também sonoras.

Vi desde minhas esposas nuas ao meu redor com rosto corado até os gritos de terror dos meus filhos, vi o mundo se despedaçar e vi meu corpo sendo torturado.

As alucinações eram muito realistas, mas não poderiam me enganar, era difícil ver e ouvir tudo isso, até meu sentido do tempo estava sendo afetado.

Tentei me isolar quando percebi o que estava acontecendo, fiquei no meu quarto sem sair e falei para ninguém me incomodar, eu precisava terminar de refinar esta energia para acabar com isso.

Eu não poderia dormir, não havia o que fazer sobre isso, uma vez Ibuki veio me ver e quando olhei para seu rosto vi feridas, podridão e ossos, um rosto irreconhecível.

Eu estava triste em ver isso mesmo sabendo que estava alucinado, então pedi para Ibuki não me procurar até tudo terminar.

————————

2 dias depois.

Eu estava sentado com as pernas cruzadas meditando, sem nada para fazer, sem conseguir ver ou conversar com ninguém e sem conseguir sair desta sala, não havia mais nada para fazer além de suportar essas alucinações assim como essa energia tentando mexer com minha mente.

Pensando em tudo isso recorri ao básico, voltei a meditar, limpando minha mente e acalmando minhas emoções, isso foi incrivelmente efetivo e graças a isso acelerei o processo para refinar essa energia afetando menos meu corpo, com isso meus ferimentos começaram a se recuperar mais rápido.

Depois desses 2 dias a energia finalmente dói toda refinada, minha mente já não estava sendo afetada como antes, meu corpo também estava completamente em forma, mas minha mente estava exausta como poucas vezes no passado, minha Alma também estava desgastada com tudo isso.

Me concentro em meu interior, vejo uma joia similar a um diante, era verde escura e parecia conter algo se movendo dentro, eu atravesso a mão no peito e quando puxo para fora já estava segurando aquela joia do tamanho do meu punho, era possível sentir o poder do Conceito nesta joia.

“Obsessão, um Conceito tão abrangente… mas ainda assim uma ramificação da loucura que também é uma ramificação do Caos…” (eu)

“Finalmente acabou…” (eu)

“Mestre…” (Hinata)

“…” (eu)

De repente Hinata aparece de dentro de mim e trás nós braços o cristal contendo a silhueta de um feto feito, eu lembro dela me mostrar isso antes, mas eu realmente queria acreditar que isso era falso.

“Hinata… encontrou…” (Hinata)

“(Não parece vivo, nem mesmo parece um Conceito como o cristal em minhas mãos.)” (eu)

“Obrigado…” (eu)

Eu guardo o feto e o cristal antes de acariciar a cabeça de Hinata que não demonstra nenhuma emoção em seu rosto.

——————

Já se passaram várias horas desde que acabei de refinar aquela coisa e vim dar uma olhada em como todos estão indo, o que foi um grande erro já que surgiu uma grande quantidade de trabalho para fazer, relatórios para escutar e também pessoas para conhecer.

Naquela noite voltei quase me arrastando para o quarto onde me lancei na cama planejando dormir um pouco.

“Senhor, por que se esforça tanto?” (Samara)

“Nunca consegui ficar parado vendo trabalho por terminar.” (eu)

Samara veio até mim ajudando a me levantar, mas não fiquei feliz com isso, ela estava com uma pilha de papéis em suas mãos.

“Qual o problema da vez?” (eu)

“Nada que não possa ser resolvido depois, o senhor precisa descansar e a Senhora Diana me ameaçou dizendo que arrancaria meu braço se não for capaz de fazê-lo dormir.” (Samara)

“Ela com certeza faria isso.” (eu)

Eu deito na cama e Samara me cobre, minha mente não conseguiu descansar desde a batalha, eu realmente preciso de um descanso, não consegui nem mesmo dormir nos últimos 3 dias.

“Boa noite, meu senhor…” (Samara)

“(Finalmente, cama… doce cama…)” (eu)

Sentindo a maciez da cama e o agradável que era o cobertor, não precisou muito para fazer minhas pálpebras terem o peso de montanhas, mesmo que não precise dormir como um Deus, está ainda é uma excelente maneira de descansar a mente.

———————–

Quando abri os olhos vi um oceano de estrelas como um espelho d’água abaixo servindo de chão enquanto acima milhões de planetas distantes poderiam ser vistos com suas próprias individualidades.

Eu andava com cada passo formando apenas uma leve ondulação que não se espalhava, minha mente estava leve e meu coração estava calmo, mesmo assim me senti guiado em certa direção onde vi algo flutuando no mar de estrelas.

Estava despedaçado e irradiando uma energia tão lamentável, minhas mãos se moveram sozinhas recolhendo os pedaços um de cada vez antes de montar novamente como se fosse um quebra-cabeça.

O que se mostrou no final era uma imagem que parecia se mover sozinha, era uma mulher de costas com as mãos tentando alcançar os céus estrelados enquanto aos seus pés estavam ossos sem fim, a figura da mulher era pequena em meio a imensidão demonstrando uma solidão fria e desoladora.

Foi quando percebi que ainda faltava algo, faltava um pequeno fragmento que na verdade estava bem na frente da mão da mulher como se não fossem as estrelas que ela tentava alcançar e sim o que faltava daquele fragmento faltante.

Eu nem precisei olhar muito, perto do meu pé um fragmento que se parecia a uma lasca minúscula, o que estava naquele fragmento era uma criança enrolada em um manto.

Assim que coloquei esse fragmento no lugar, todos os fragmentos antes separados se juntam em apenas uma peça e a imagem se move, a mulher casas usando as estrelas ao seu redor com suas mãos agarrando a criança em seus braços enquanto se vira, seu rosto escondido por seus cabelos que refletem as estrelas enquanto lágrimas de sangue escorrem de seu rosto caindo nos ossos abaixo fazendo que uma floresta surge da desolação de ossos.

Em seus braços a criança era agarrada como o maior dos tesouros e seus lábios sorriam para a mulher com uma inocência que contrasta com a tristeza da mulher.

“Bem e mal se invertem… certo e errado representam a mesma visão… todas as coisas sem complementam… que uma mulher encontre calor ao abraçar seu filho… que uma criança encontre conforto nos braços de sua mãe…” (eu)

De repente algo surge em minha mente, uma poesia que escrevi em minha vida passada em um trabalho de escola, eu nem me lembrava sobre isso até agora e de repente aquelas palavras naquela folha de papel amassado se tornaram tão claras em minha mente que falei sem pensar.

Minhas palavras soaram e foi como se a mulher pudesse me escutar, sua cabeça se virou para mim, ela se curvou para mim e uma Runa se formou acima dela, nela estava o significado de ’Celestial’ enquanto as lágrimas de sangue da mulher se tornavam douradas e o quadro que havia montado afundava entre as estrelas me deixando andando mais uma vez sem rumo.

Eu estava sonhando, minha mente vagava sem parar e de repente chamas surgem queimando os planetas acima e perturbando meu sonho quando uma presença hostil surge acima.

“Quem incomoda meu sono…!” (eu)


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