Chapter 1991: Cap 1986: Isso não é uma escolha...
Chapter 1991: Cap 1986: Isso não é uma escolha…
Pov Ronan:
“(Minha senhora, o que devo dizer?)” (eu)
“(A verdade, proclamar a intenção de Zenos de duelar.)” (Orgulho)
“(Fazer isso em nome dele sem aviso e consentimento não seria visto com hostilidade?)” (eu)
“(Zenos carece de entendimento sobre as outras Entidades, ele nos coloca todos no mesmo parâmetro de igualdade sem compreender a disparidade de nossas individualidades.)” (Orgulho)
“(Guerra pode ser paciente, mas não fica ocioso, a estagnação é incômoda para ele que existe pelo conflito.)” (Orgulho)
“(Obedeço sua Vontade, minha senhora.)” (eu)
Eu estava do outro lado do universo sendo escoltado por cavaleiros com armaduras que me levam por uma cidade estranhamente normal, com pessoas andando pela cidade, com velhos sentados em praças e crianças correndo em grupos sorrindo.
“(Isso é impressionante…)” (eu)
As pessoas andando na rua podem parecer normais, mas seus movimentos não possuem desperdício de energia e são todos otimizados, conseguindo o máximo de eficiência com o menor gasto de energia, algo que era alcançado apenas com muito treinamento.
Os velhos sentados tinham corpos em forma e seus olhares eram intensos como se pudessem perceber o menor grão de poeira ao seu redor, mesmo sem fazer um movimento posso sentir a pressão em suas Auras.
As crianças fazem movimentos em sua brincadeira que mostra um domínio sobre seus corpos incrível, seja em agilidade, flexibilidade, resistência ou velocidade de reação, essas crianças demonstram capacidades surpreendentes.
Essa cidade toda não tinha uma única pessoa normal, eu ando pela cidade com os dois cavaleiros em silêncio ao meu lado, depois de dezenas de minutos chegamos no centro da cidade onde um forte estava erguido, entramos e sou levado por um campo de treinamento intenso até o lado de dentro da fortaleza onde em breve me deparo com um par de portas de metal bruto.
“Está na dúvida se deixa eu entrar?” (eu)
“Entre.” (Ayden)
As portas se abrem e eu entro sozinho, não era um escritório, era uma sala de treinamento, na verdade era um espaço comprimindo do tamanho de um continente se meus sentidos não estão enganados, marcas de corte estão por todos os lados seja no chão formando vales, nas montanhas partindo elas ao meio ou até nos céus abrindo fendas que não fecham.
Ayden estava com sua armadura completa como sempre, sua espada em mãos emanando uma presença forte, eu sei bem que não demitiria a mínima chance em um confronto contra ele, apenas minha mãe e meu irmão mais velho conseguem enfrentar ele de frente.
“Devo chamá-lo como filho de Ohara ou como Avatar do Orgulho?” (Ayden)
“Como Avatar do Orgulho.” (eu)
“Então está aqui por motivos de negócios, cumprindo a Vontade de Orgulho, entendo.” (Ayden)
Ele aponta sua espada para mim enquanto emana uma grande vontade de combate, eu não conseguiria recusar ou elenpoderia simplesmente atacar, conseguindo assim o combate que possa querer.
“Você já deve saber por que estou aqui, estava pensando se iria querer uma guerra ou uma batalha individual?” (eu)
“Exatamente, sua chegada aqui demorou mais do que eu esperava.” (Ayden)
“Mas esperava outra pessoa a falar sobre isso.” (Ayden)
“Ele quer duelar contra você, mas não entende que você não iria esperar para sempre.” (eu)
“Situações inesperadas o mantém ocupado, mas ele virá até você.” (eu)
“Se ele estivesse aqui, então poderia realizar o duelo, mas ele não está aqui e você não fala por ele, não é?” (Ayden)
“…” (eu)
“Como pensei, sua ingenuidade e falta de responsabilidade como alguém no comando de tropas é ridículo, mas mais que qualquer outra coisa, a leveza com a qual trata minha presença como seu inimigo é ofensivo.” (Ayden)
“Vou lhe entregar duas cartas, ele só pode escolher uma opção ou irei atacar o universo dele com todas minhas tropas.” (Ayden)
“Está ameaçando ele?” (eu)
“Não é uma ameaça, mas sim um aviso.” (Ayden)
“Suas ações carecem de senso crítico e visão geral, se ele vai tratar minha presença de forma tão leve, então vou tratá-lo como uma criança que merece uma lição.” (Ayden)
“(Aceite, a partir de agora o problema recai nele, veremos como ele reage.)” (Orgulho)
“Muito bem, não vou falar por ele, mas vou levar sua mensagem.” (eu)
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Pov Zenos:
“Vamos começar seu treinamento?” (Lena)
“Estou a sua disposição, apenas me diga como faremos isso.” (eu)
Lena estava na minha frente, sua presença era calorosa e gentil, cada passo que ela dava em minha direção fazia o mundo ao seu redor desabrochar.
Ela olha para mim e depois para o mundo onde estamos antes de voltar seus olhos novamente para mim, não consigo decifrar suas intenções ou o brilho que surgiu em seus olhos.
“Vamos treinar sua Aura.” (Lena)
“Auras vivas são extremamente raras e tirando as poucas Criaturas Anômalas formadas de Aura, aqueles que possuem Auras assim se dividem em dois tipos.” (Lena)
“O tipo parasita e o tipo origem.” (Lena)
“Uma Aura parasita para ser breve é basicamente uma Aura criada usando uma Alma ou Fagulha Existencial extra independente da fonte, isso torna a Aura como uma segunda entidade conectada ao indivíduo, o que compõem quase todos os usuários de tal Aura.” (Lena)
“O segundo tipo, uma Aura viva do tipo origem, isso é uma forma de vida extra nascida de uma mesma Fagulha Existencial, só existem 3 com essa capacidade e 2 deles estão aqui.” (Lena)
“Então é isso que representa minha Aura?” (eu)
“Sim, você gerou uma nova Fagulha Existencial, um espelho da sua e foi isso que gerou a transformação de sua Aura, claramente de forma acidental.” (Lena)
“No meu caso minha Aura renasce em um ciclo eterno compartilhando minha Fagulha Existencial.” (Lena)
“Se nós dois representamos a maioria daqueles com essa capacidade, então quem seria o último?” (eu)
“Criação, o início de toda existência… sua Aura seria o Sistema…” (Lena)
“…” (eu)
Ouvir isso foi assustador enquanto minha mente tentar compreender o nível de tal ser, o Sistema já é algo que intimida as Entidades carregando um poder fundamental, mas dizer que ele é apenas uma Aura parece assustador.
“Esqueça o resto e se concentre em mim!” (Lena)
“…” (eu)
Eu paro tudo e me concentro apenas nela, sua Aura surge e não vejo nada diferente de antes, sua Aura sempre foi amável, mas logo percebo que ela nunca usou sua Aura em sua totalidade.
Sua Aura continuou de elevando dela enquanto uma sombra indistinta se separava dela, tinha o seu rosto, mas parecia madura, usando um vestido simples largo que cobria todo o seu corpo, sua barriga grande era segurada com carinho por suas duas mãos como se estivesse abraçando, seu sorriso era amável e seus olhos carregavam afeto sem fim.
Essa era a imagem de uma mãe em sua totalidade, o símbolo do que uma mãe é aos olhos de seu filho ou aos olhos de todos, um símbolo impresso nos instintos de todas as criaturas de se emocionar com tal visão.
Essa mulher que surgiu da Aura de Lena trocou um olhar comigo sorrindo com sincero afeto, isso fez meu coração pular uma batida, mas dentro de seu estômago avantajado sentia uma sem-fim de traços de Aura como se toda a existência renascerá de seu ventre.
“Controlar uma Aura viva é diferente de tudo que possa ser explicado, na verdade nem pode ser ensinado.” (Lena)
“Por que nosso treinamento vai ser assim…” (Lena)
De repente a mulher antes amável parou de sorrir, seus olhos se fecharam e seu corpo emagreceu revelando um corpo em forma que libera uma Aura primitiva totalmente selvagem.
Já não parecia mais que era uma pessoa, parecia uma Encarnação de um universo inteiro, senti como se a hostilidade do próprio mundo onde estava pisando se concentrasse apenas em mim, o ar escapava de meus pulmões, a luz parecia tentar cegar meus olhos e o próprio espaço me rejeitava como se fosse um intruso.
Mas o que me surpreendeu foi sentir um leve traço de espiritualidade tão tênue que só pude sentir agora que fui confrontado contra.
“Todos os seres vivos reagem ao perigo, os instintos cavam o potencial, então não tente pensar, apenas sinta e se possível… sobreviva…” (Lena)
“< Sincronização da Aura: Mãe Natureza >” (Lena)
“< Artes do Renascimento: Berço da Predação >” (Lena)
A mulher de Aura flutua atrás de Lena e abra ela por trás, uma fonte infinita de vitalidade surge delas como uma torrente golpeando tudo nos arredores, as florestas se elevaram com as árvores chegando nas nuvens, as plantas e flores antes bonitas tomaram aparências mais perigosas na floresta escura, sons de rugido e barulhos de passos por todos os lados enquanto enquanto bilhões de Auras surgem como uma tempestade em sincronia vindo contra mim.
Eu queria me mover, mas uma mão delicada toca meu ombro e senti como se estivesse em uma prisão incapaz de escapar.
“Esse treinamento não é para você…” (Lena)
“Apenas sinta e observe, compreenda a origem.” (Lena)
“…” (eu)
Enquanto Lena falava, a mulher de Aura que estava abraçando ela estava um dos braços em minha direção, então um tapa acerta meu rosto, mas atravessa fazendo minha Aura escapar no meu rosto, o tapa acertou minha Aura e não a mim.
O Dragão oriental que parecia meio dormindo deixa meu corpo e olha para a mulher de Aura que golpeou ele, a hostilidade era visível antes dele olhar em volta onde todas as presenças se trancam neles, olhos afiados e frios se abrindo nas sombras para observar ele.
“Comece a caçada.” (Lena)
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